Boas Prática: Emel a transformar Lisboa numa cidade mais sustentável, acessível e inclusiva
Área de Actividades: Indústria de Componentes para Automóvel
Descrição
A EMEL tem como missão a gestão da mobilidade e do estacionamento em Lisboa, através da gestão e fiscalização de lugares na via pública, de parques e de Bairros Históricos.
A EMEL tem desenvolvido várias iniciativas de carácter altamente inovador, com vista a transformar Lisboa numa cidade com melhor qualidade de vida – mais sustentável, mais segura, mais acessível, mais saudável, mais inclusiva.
GIRA – Bicicletas de Lisboa
O GIRA - Bicicletas de Lisboa prevê a disponibilização de 1410 bicicletas espalhadas por 140 estações. Dois terços das bicicletas são assistidas eletricamente, forma de ajudar a contrariar os declives naturais da cidade e de garantir uma utilização generalizada. Está em curso a introdução de meios mecânicos auxiliares das deslocações pedonais à Colina do Castelo como forma de atenuar as barreiras impostas pela topografia do terreno, permitindo a criação de uma rede de acessibilidades pedonais ao serviço da população residente, e também de visitantes, que com maior comodidade e segurança, e sem necessidade de utilização do automóvel. A Requalificação do Cais do Sodré permitiu devolver o espaço urbano desta zona ribeirinha às pessoas, facilitando o acesso e a circulação a que tem mobilidade reduzida, peões, ciclistas, e transportes públicos e seus utilizadores.
Impactes Positivos
São já visíveis os ganhos resultantes desta estratégia para todos os utilizadores da cidade – alternativas de transporte suave e não poluente, melhor qualidade do espaço público, maior conforto e segurança nas deslocações, mais bem-estar e uma vida mais saudável. Ainda em fase de expansão, o GIRA conta já com mais de 1 Milhão e 500 mil viagens o que revela o seu elevado potencial de redução de CO2. A intervenção no Cais do Sodré abrangeu 26.677 m2 de reabilitação de espaços abertos, com mais 3.325 m2 exclusivamente dedicados ao transporte público e 6.912 m2 à mobilidade pedonal e clicável. Os percursos pedonais mecanicamente assistidos, em fase de desenvolvimento, irão contribuiu para a dinâmica de valorização territorial e coesão social no que respeita à qualificação dos espaços públicos e à constituição de uma cidade de proximidade – com maior capacidade de integrar a população idosa e fixar residentes, através de soluções de mobilidade pedonal, e sempre com preocupações ambientais, características que induzem também importantes vantagens competitivas ancoradas no património e paisagem locais. Estas iniciativas respondem a constrangimentos sociais, ambientais e territoriais da cidade, entre os quais o envelhecimento e declínio demográfico de algumas zonas centrais da cidade, a concentração de elevados níveis de emissões poluentes, com origem, em particular, na circulação rodoviária, a desarticulação entre espaços urbanos, e a carência de condições para uma “vivência” ao ar livre. A aposta na mobilidade pedonal, como a mais democrática e generalizada forma de mobilidade, aporta inúmeros benefícios também para cidadãos e cidadãs em condições reduzidas de mobilidade, tão mais revelante em circuitos acidentados onde é necessário vencer violentas variações de cotas altimétricas. Os percursos projetados permitem contrariar o isolamento de alguns Bairros, geralmente habitados por populações envelhecidas, fomentando a conectividade municipal e, além disso, promovem a intermodalidade à semelhança do que acontece com o GIRA e a intervenção no Cais do Sodré. Ao favorecerem a redução da circulação automóvel impactam positivamente na qualidade do ar e descongestionam o espaço público.