Reportar é prevenir e marcar lugar no futuro
2023 e 2026 são datas com forte impacto na avaliação do desempenho das empresas, independentemente da dimensão, em matéria de sustentabilidade, no valor dos negócios e na reputação das marcas comerciais.
As empresas têm agora uma grande oportunidade de se prepararem para novos contextos mandatórios em torno dos relatórios de sustentabilidade, e de se comprometerem com a veracidade e responsabilidade dos seus desempenhos. Embora o enquadramento de novas diretivas ou normas tenda a dar prioridade a indicadores climáticos (energia e recursos, emissões GEE, risco associado a fenómenos meteorológicos, stress hídrico, entre outros), será importante que as empresas antecipem ou robusteçam a informação nos seus relatórios de acordo com várias áreas ambientais, sociais e de governação (ESG).
É, pois, necessário que a PME compreenda a premência de recolher informação sobre os seus desempenhos, informando as suas partes interessadas (stakeholders) sobre as estratégias adotadas, a gestão de riscos e o compromisso a longo prazo.
As PME devem começar por identificar as métricas mais relevantes para o seu setor, definir a sua estratégia e identificar as suas partes interessadas relevantes.
Para além do relatório de gestão e contas...
A Diretiva nº 2014/95/UE, transposta para a legislação nacional pelo Decreto-Lei n.º 89/2017, estabelece que as grandes empresas, as multinacionais e as empresas consideradas de interesse público têm que reportar acerca do seu desempenho em indicadores não financeiros e sobre a diversidade, além da informação financeira reportada nos instrumentos tradicionais.
Esta imposição exige das pequenas e médias empresas a implementação de práticas consistentes com as exigências e expectativas das suas cadeias de valor e ou de abastecimento.
Conheça as ferramentas que apoiam as empresas na análise, desenvolvimento e reporte sobre o seu desempenho em indicadores de sustentabilidade.
Referenciais Existentes e Planeamento
Este documento apresenta as orientações da União Europeia para a divulgação de informação não financeira e sobre a diversidade por parte das empresas, considerando o tipo de informação a apresentar, bem como os referenciais internacionais e a documentação de suporte a utilizar.
A informação apresentada nesta brochura permite que as empresas façam uma auto-avaliação das práticas já implementadas nos temas visados, bem como as respetivas evidências e indicadores-chave de desempenho, relevantes para a sua atividade específica.
ISO 26000 – Ferramenta de Auto-Avaliação
A norma internacional ISO 26000 disponibiliza linhas de orientação quanto aos princípios de responsabilidade social fundamentais, quanto ao reconhecimento da responsabilidade social e quanto ao envolvimento de stakeholders, aos assuntos fundamentais e às questões que dizem respeito à responsabilidade social, bem como quanto às formas de integrar um comportamento socialmente responsável na organização.
A ISO 26000 dá ênfase à importância dos resultados e das melhorias no desempenho em responsabilidade social, sendo cada organização encorajada a tornar-se socialmente mais responsável, através da sua aplicação.
Esta norma destina-se a todos os tipos de organizações do setor privado, público e não lucrativo, quer sejam grandes empresas ou PME.
A ferramenta de diagnóstico permite à empresa realizar uma primeira avaliação das práticas já implementadas neste domínio e dos resultados alcançados.
Kit Report
O “Kit Report” é uma ferramenta de suporte às PME que permite a sistematização, processamento e comunicação de informação relativa aos impactes ambientais e sociais, através de reportes simples e acessíveis.
O “Kit Report” é constituído pelos seguintes elementos:
a) Calculadora de emissões diretas e indiretas de CO2.
b) Manuais de apoio à utilização do Kit.
c) Modelos de estrutura para o reporte de informação não financeira, com a indicação do conteúdo a contemplar no reporte e respetiva organização.